segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA USANDO MEIOS ELETRÔNICOS

Luiz Fernando Gomes
Beatriz Gama Rodrigues
Revista “The especialist”. Vol.29, nº 1 (47-65) 2008
Este artigo trata da inclusão de meios eletrônicos para promover o ensino-aprendizagem da língua inglesa. As novas práticas pedagógicas foram possíveis com a reforma curricular do curso de Letras-Inglês, na Universidade de Sorocaba, previstas nas novas Resoluções (fevereiro e março, 2002).
De acordo com as duas Resoluções, o curso de Letras deve consistir no mínimo com 2.800 horas, divididas em aulas práticas, estágio supervisionado, disciplinas e atividades acadêmicas.
Os fatores que tornaram possíveis esta reformulação curricular foram: discussões realizadas entre os professores do curso de Letras, o Programa de Desenvolvimento Permanente de Professores, que a instituição oferece, e a infraestrutura de equipamentos1 da instituição.
Após inserirem como componente curricular o uso das novas tecnologias, com a intenção de preparar futuros professores de inglês, inseriu-se também, uma nova concepção de ensino e aprendizagem de língua.
Sendo assim, a estrutura curricular tradicional do ensino de línguas, do curso de Letras, sofreu modificações, permitindo uma abordagem sociocognitiva de ensino, a mais adequada para o uso dos recursos da informática, pois os alunos podem se tornar participantes do ato de ler e escrever, em qualquer situação.
Os autores deste artigo utilizaram como referências os lingüistas: Warschauer2 (2000), Hymes3 (1971) e Halliday4 (1978), os quais explicam a linguagem como um fenômeno que é socialmente construído. Acredita-se que seja necessário o aluno ter a competência comunicativa (termo criado por Hymes), a qual está além da competência lingüística, pois envolve a competência sociolingüística, discursiva e estratégica.
O computador na prática pedagógica poderá ser usado como uma ferramenta interacional ao usar o Blog, Orkut, MSN entre outros. Da mesma forma, permite o contato com vários tipos de textos (imagens, sons e vídeos), trazendo um novo desafio para o ambiente escolar, que é ensinar a ler e escrever nesta multimodalidade.
Existem vários exemplos de trabalho colaborativo feito com os alunos, os quais não somente interagem com o computador (máquina), mas com outras pessoas por meio do computador.
Apesar disso, os próprios autores deste artigo, observaram algumas falhas, pois os alunos do curso de Letras-Inglês, nem sempre escreviam em inglês, faltando uma maior integração dos componentes relacionados ao gênero textual, para suprir a deficiência do ensino público da língua inglesa. Além disso, problemas quanto ao tempo e acesso, dificultaram a aprendizagem de alguns alunos.
Os pontos positivos destacados pelos autores das modificações feita nos componentes do curso foram: a motivação dos alunos, o ensino na produção de textos multimodais, os quais colaboraram para reflexão da língua escrita, e o conhecimento dos professores das novas práticas pedagógicas.
Os autores acreditam que o curso tem melhorado com a inclusão das tecnologias nas atividades pedagógicas, mostrando aos futuros professores que eles precisam se desenvolver por eles mesmos, como usuários da língua.
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1 No caso do curso de Letras, a instituição oferece laboratório de línguas e de informática.
2.KERN, R. & WARSCHAUER, M. 2000  (eds.) Network-based language teaching: Concepts and Practice. Cambridge University Press.
3.HYMES, D. (ed.) 1971. Pidginization and creolization of Languages.Proceedings of a Conference Held at the University of the West Indies, Mona, Jamaica, April 1968. Cambridge. England.
4.HALLIDAY, M.A.K. 1978. Language as social semiotic.London: EdwardArnold.

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